A ex-secretária de administração da Paraíba, Livânia Farias, acusou o ex-advogado Sheyner Asfora de entregar ao governador João Azevêdo e ao ex- governador Ricardo Coutinho, quando eram aliados, um diário com informações pessoais que, de acordo com ela, foram usadas indevidamente.
A apreensão do diário aconteceu em uma das fases da Operação Calvário, que investiga esquema de desvio de recursos na Educação e Saúde da Paraíba entre 2011 e 2018.
A acusação surgiu depois de noticiado que os advogados do ex-governador Ricardo Coutinho pediram a anulação da delação dela alegando, entre outros pontos, segundo Asfora, que Livânia Farias não estava em boas condições psicológicas quando “abriu o jogo” para o Ministério Público.
Por causa da situação, o que ela falou não teria validade. Os relatos pessoais contidos no diário seria uma prova de que ela não se encontrava “bem”, o que teria “contaminado” a delação.
Na declaração enviada à imprensa (veja ao lado), Livânia afirmou que, à época, o diário íntimo foi apreendido e devolvido pelos investigadores. Mas que o então advogado dela (Asfora) não entregou a uma pessoa de confiança e, sim, a Azevêdo e Ricardo, na Granja do Governador.
Advogado nega
O advogado nega que tenha repassado o diário.
Em nota, Asfora disse que “recordo-me que no dia que a senhora Livânia Farias foi detida o seu diário foi apreendido pelo Ministério Público e, em seguida, liberado por se tratar de algo pessoal. Ela então me pediu para entregar a uma pessoa que ela dizia se tratar da sua confiança. O que assim fiz! Não sendo verdade, portanto, a afirmação que ela faz que entreguei o diário ao governador João Azevedo”.
Conversa Política