De volta à F1 aos 39 anos, Alonso diz: “Cronômetro é a única coisa que importa”

Após anunciar oficialmente que está de volta à Fórmula 1, mais uma vez com a Renault, equipe pela qual conquistou seus dois títulos mundiais, Fernando Alonso disse que a idade não é o que importa na modalidade. O espanhol de 39 anos assinou com a sua “família” – como ele mesmo se referiu à Renault – um contrato de dois anos, começando em 2021, quando completará 40 anos. Caso Kimi Raikkonen, atual piloto da Alfa Romeu e ex-companheiro de Alonso na Ferrari, pare na próxima temporada, Alonso pode ser o piloto mais velho da categoria.

“O cronômetro é a única coisa que importa, não a idade”

– Na Fórmula 1, por muitos anos, o cronômetro é a única coisa que importa, não a idade. Eu nunca tive uma classificação de corrida baseada no passaporte ou na data de nascimento. Sempre no relógio – disse Alonso, em conversa com a imprensa após o anúncio oficial da sua volta.

A diferença de idade entre Alonso e seu companheiro de equipe para próxima temporada, Esteban Ocon, que estreou pela Renault nesta temporada, é de quase 15 anos. Mas independentemente disso, o chefe da Renault, Cyril Abiteboul, revela que a missão dos dois pilotos é a mesma.

– Sua experiência (de Alonso) e determinação nos permitirão tirar o melhor proveito um do outro para levar a equipe à excelência exigida pela moderna Fórmula 1. Ele também trará para a nossa equipe, que cresceu muito rapidamente, uma cultura de disputa e vitória para superar obstáculos juntos. Ao lado de Esteban, sua missão será ajudar a Renault a se preparar para a temporada 2022 nas melhores condições possíveis – explicou o dirigente.

A bagagem de Fernando Alonso na elite do automobilismo é extensa. Ao todo, ele disputou 17 temporadas da categoria, sendo a primeira em 2001 e a última em 2018 – o piloto só ficou fora da Fórmula 1 em 2002 durante esse período. O espanhol dirigiu pela Minardi (2001), Ferrari (2010-2014), McLaren (2007/2015-2018), e Renault (2003-2006/2008-2009). E o espanhol não escondeu a satisfação voltar para o time pelo qual conquistou os campeonatos mundiais em 2005 e 2006.

– Obviamente é um dia extremamente feliz para mim, voltando para o lugar no qual eu venci primeiro, mas também para a equipe na qual eu tive a melhor experiência. Muito feliz com isso, conheço muita gente na Renault, muitos engenheiros, os mecânicos. Conheço a paixão deles, sei quanta fome eles ainda têm por sucesso – afirmou Fernando.