Familiares e amigos do professor da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Carlos Belarmino, iniciaram uma campanha nas redes sociais para doação de plasma do tipo O+. Carlos foi contaminado pelo novo coronavírus e está internado em um hospital em João Pessoa.
Segundo familiares, o professor Carlos está com os pulmões comprometidos e precisa passar por tratamento utilizando plasmas de pessoas que já foram contaminadas pelo vírus e foram recuperadas.
A filha do professor, Karla Iasmim, fez um apelo em uma postagem em sua rede social para encontrar doadores que possam se disponibilizar e ajudar a combater os efeitos da Covid-19 com anticorpos de pessoas curadas do vírus.
Os doadores podem fazer contato pelo telefone: (83) 99934-1468, falar com Natália.
Como funciona o tratamento?
Segundo especialistas, as doações podem ser feitas por pessoas de 18 a 60 anos que tiveram o diagnóstico do novo coronavírus confirmado em exame e já estão há, pelo menos, 14 dias sem os sintomas. A preferência é que os doadores sejam homens, mas mulheres jovens, sem filhos e sem doenças transmissíveis pelo sangue também podem doar.
O sangue coletado passa por uma máquina para a extração do plasma. O que sobrou do sangue volta para o doador. O plasma retirado do doador é o chamado “plasma convalescente”. O processo leva cerca de 90 minutos para ser realizado e o plasma de um único doador pode tratar de três a quatro pacientes.
Essa terapia experimental pode funcionar porque os sobreviventes da covid-19 acabam ficando com anticorpos na corrente sanguínea. Anticorpos são tipos de proteínas produzidas pelo sistema imunológico do indivíduo infectado para combater o vírus.
Assim, uma vez que a pessoa se recupera da doença, o componente sanguíneo que carrega esses anticorpos contra o vírus pode ser coletado e transferido para outros doentes.