Ministro apresenta projeto e diz que privatização dos Correios pode ocorrer em 2021

O ministro das Comunicações, Fabio Faria, afirmou nesta quarta-feira (14) que a privatização dos Correios pode ocorrer em 2021.

Faria deu a declaração a jornalistas no Palácio do Planalto. Ele afirmou que esteve no local para entregar ao ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, um projeto que “vai dar condições” para que o processo de venda da estatal ocorra a partir do ano que vem.

O ministro não apresentou o projeto à imprensa. O texto, afirmou ele, trata “mais sobre princípios do que regras”, já que o Congresso Nacional discutirá a privatização dos Correios.

“Estamos falando aí em 2021, o projeto chegar [ao Congresso] no começo do ano que vem. E, até o final de 2021, a ideia é de votarmos e que os Correios estejam prontos para o processo de privatização”, disse.

“O Congresso Nacional deve se debruçar em relação a esse tema. É lá a arena onde serão debatidos todos os requisitos necessários, tratar da universalização das entregas dos Correios, em relação aos funcionários, tudo isso será tratado com bastante cuidado no Congresso Nacional”, completou ele.

Regras da privatização

Faria informou que uma empresa de consultoria contratada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Accenture, entregará em até 120 dias um parecer sobre o tema.

Segundo ele, esse parecer será enviado ao Congresso, que vai tratar das regras da privatização dos Correios.

Ele disse que os servidores da estatal terão “oportunidade” para conversar com os parlamentares e que a privatização não será feita de forma “brusca”.

“Ninguém vai fazer esse processo de uma maneira brusca. Ele será feito no momento certo, o Congresso com certeza vai saber ser justo em relação a esse tema”, disse.

Em agosto de 2019, presidente Jair Bolsonaro disse que os Correios estavam no topo da lista de privatizações

Faria não quis responder sobre a expectativa de arrecadação com a futura privatização. O ministro declarou que a ideia do projeto é “melhorar a capacidade de entrega dos Correios”, com a manutenção da universalização do serviço.

“Uma coisa que fique bem clara: quem recebe cartas, quem recebe boletos, quem recebe qualquer embalagem dos Correios em qualquer lugar do país, a parte da universalização, isso está mantido. Ninguém vai deixar de receber. Tenho certeza também que o Congresso vai trabalhar nesse sentido”, disse.

Com G1