Criado nos tempos de Dr. Xavier, o movimento do tradicional vermelhão em Belém-PB escreveu uma história marcante e vibrante dentro da política local e que chamava a atenção, inclusive, de curiosos de outros municípios pela intensidade e paixão com que o movimento se apresentava.
Passando pela campanha vitoriosa para Prefeito, de Wellington Guedes em 1988, onde a turma do coração liderava um movimento jovem e apaixonado, o vermelhão foi crescendo, ganhando força e destaque e ainda mais adeptos apaixonados pela cor e pelo número representado pelo PMDB (atual MDB).
Até mesmo em disputas em que fora derrotado, como no ano 2000 e 2004 representados pelo então candidato Professor Hidalberto e com a mudança do número, a época pelo PSB, o vermelhão viveu um de seus momentos raiz mais intenso onde a paixão pela cor e pelo movimento era visível, vibrante e assustava os adversários quando pelas ruas da pequena Belém, passava de forma contagiante e emocionante.
Com a chegada do casal Roberto Flávio e Renata Christinne em 2006, o movimento retorna as suas raízes pelo MDB com seus eleitores fiéis chamados carinhosamente de “jacaré” e retoma também os momentos gloriosos de grandes vitórias em 2008 com a reeleição de Roberto, em 2012 com a eleição de Edgard, e em 2016 com a vitória emocionante de Renata Christinne. Porém, também sob o comando do casal o movimento começa a perder fôlego, espaço e paixão na política belenense.
Em 2020, já longe novamente das estruturas do MDB, mantendo apenas a cor, o vermelhão volta a ser derrotado, dessa vez de forma acachapante, sob o comando de Renata para seus maiores adversários, a família dos “Pedro” e seus eleitores tradicionalmente conhecidos no município como “pé de boi”, que voltam ao poder por meio de sua representante Aline Barbosa, e, ao que parece, enterrando o movimento e junto com ele a tradição, paixão e intensidade características do mesmo.
A pergunta que fica agora é a seguinte: o movimento do vermelhão tem forças para ser ressuscitado em Belém? Quem seria seu novo líder? A Prefeita Aline, que recentemente se filiou ao MDB estaria disposta a vestir a cor do movimento a qual sua família foi sempre tradicional rival histórica, largar o título de pé de boi e virar jacaré? O casal Roberto e Renata teria ainda prestígio para reacender o movimento? A ex-vereadora Mirelly, que no momento parece ser a mais popular e que representa o sentimento intenso de paixão pelo movimento nos eleitores? A vice prefeita Dona Cris, provável candidata a prefeita na próxima eleição? Ou ainda, o Vereador Xavier Netto, neto do saudoso Dr. Xavier e sobrinho do Ex-prefeito Wellington Guedes, teria coragem de enfrentar os caciques que sobraram do movimento, e se apresentar como seu novo líder relembrando o início do movimento lá atrás com seu avô? O tempo dirá, e a história irá se encarregar de contar já em 2024! E você, leitor? Em quem aposta? Que comece o jogo!