Suspeito de espalhar notícia falsa sobre coronavírus vai responder por provocar pânico, na Paraíba

Um homem suspeito de espalhar uma notícia falsa sobre casos de coronavírus na Paraíba foi ouvido pela Polícia Civil, na manhã desta terça-feira (24), em João Pessoa. Conforme a delegada Karina Torres, ele assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e vai responder, em liberdade, pelo crime de provocar alarme e produzir pânico ou tumulto à população.

Segundo a assessoria de comunicação da Polícia Civil, ele confirmou que gravou um vídeo com informações que não são oficiais e não foram checadas.

Para se retratar, o suspeito gravou outro vídeo dizendo que produziu uma notícia falsa porque recebeu áudios, por meio de um aplicativo de mensagens, informando que pessoas estavam morrendo no Hospital Clementino Fraga, que é referência no tratamento da doença em João Pessoa.

O suspeito, que trabalha há cerca de 24 anos na área da saúde, pede que outras pessoas não façam o mesmo.

“Eu fui levado pelas circunstâncias, muito mais pelos áudios que recebi do que pela situação que estava ocorrendo de fato. Na verdade, não existia nada de pânico no hospital e estava tudo sob controle no Clementino. Eu não chequei a informação e fui logo gravando um vídeo. Pelo que estou passando agora, não aconselho ninguém a fazer isso, até porque estamos sabendo que isso é crime”, pontuou o suspeito.

Provocar pânico é crime

A Polícia Civil e o Ministério Público da Paraíba (MPPB) alertam que provocar pânico, espalhar alerta falso ou criar situações de terror entre a população são atitudes que podem ser consideradas como crime, que pode resultar em prisões que variam entre 15 dias e seis meses, ou pagamento de multa.

Para o MPPB, a disseminação de notícias falsas pode agravar a situação de emergência em saúde pública provocada pelo coronavírus. “Antes de repassar qualquer informação via WhatsApp ou outro meio, tenha certeza que não está colaborando para um mal maior”, alertou o promotor de Justiça, Lúcio Mendes Cavalcante.

Denúncias de disseminação de notícias falsas na Paraíba podem ser feitas à Polícia Civil, por meio do telefone 197, ou pelo registro de um boletim de ocorrência na Delegacia online.

As denúncias também podem ser enviadas para o e-mail [email protected], e poderão resultar em posterior abertura de procedimento de investigação. Outros canais de denúncia podem ser anunciados pelo MPPB, caso haja necessidade.


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